A história da Inteligência Artificial vem desde a década de 50, quando o termo foi utilizado pela primeira vez por John McCarthy em uma conferência nos Estados Unidos, onde começaram as primeiras discussões acerca do uso de computadores com linguagens que simulem o pensamento humano. Não houveram avanços significativos nesse encontro, mas ele é considerado o pontapé inicial do progresso com a IA.
Depois disso, foi apenas em 1997 que começamos a ver mais avanços: o supercomputador Deep Blue derrota o campeão mundial num jogo de xadrez. Daí em diante, a evolução não parou.
Na área da educação, a década de 2000 é o ponto de partida substancial, pois a partir desta data, a internet e os computadores já estavam estabelecidos ao redor do mundo, proporcionando acesso facilitado a esta tecnologia. Começamos a ver dispositivos de reconhecimento por voz, pesquisas inteligentes, sistemas de correção e gerenciamento de notas na rede, assim como inúmeros softwares de auxílio.
O crescimento da IA na educação continuou e, sua importância tem sido tanta, que em 2019 a Unesco realizou o Consenso de Pequim, um documento com informações importantes para a utilização desta tecnologia na educação. Nele, são abordadas diversas recomendações e boas práticas para a aplicação da mesma dentro e fora das salas de aula, assim como guias éticos e dicas de implementação.
Claro, também é necessário lembrar que a Inteligência Artificial é encontrada em sistemas, softwares, aplicativos e assim por diante, então, ela está ligada diretamente com a utilização de aparelhos tecnológicos, tais como internet, computadores, celulares e tablets. Isso pode ser um empecilho em sua implementação geral, pois segundo pesquisa da Agência Brasil, 82% dos domicílios brasileiros tinham acesso à internet em 2021, o que representa uma boa quantidade. Mas, estima-se que 35,5 milhões de pessoas ainda não tenham acesso à rede e, por consequência, a esta tecnologia.
Mas os números tendem a crescer, principalmente após a pandemia de COVID-19, que auxiliou no avanço da inserção digital.
E atualmente, como podemos aplicar a IA na educação?
Podemos ver a Inteligência Artificial na educação das seguintes formas:
– Ensino diferenciado e personalizado, para que cada estudante consiga ser avaliado de forma rápida por softwares, gerando um panorama claro que aponta conteúdos onde há necessidade de mais estudo, assim como áreas em que o aluno tem mais facilidade;
– Salas de aula virtuais, com possibilidade de centenas de estudantes com acesso simultâneo. Com a IA, essa alternativa se torna global, visto que já existem programas que permitem a tradução e legenda em tempo real;
– Maior disponibilidade de conteúdo, pois com a Inteligência Artificial é possível conectar diversas bases de dados, criando atividades únicas para cada situação ou estudante;
– Aprofundamento de habilidades, tais como motoras e de criatividade;
– Experiências imersivas, como passeios virtuais, utilização da realidade virtual para aplicação de conteúdo e muito mais;
– Adaptação para os objetivos do professor e gestor, auxiliando no monitoramento e também mostrando o caminho a ser seguido, com base nas informações coletadas;
– Maior inclusão, visto que a IA é adaptativa e já possui soluções para traduções em libras e legendas, por exemplo;
– Feedbacks únicos, mostrando ao professor os pontos fracos e fortes de cada estudante;
– Armazenamento de dados individuais, permitindo que os professores e gestores possam analisar o progresso de cada indivíduo. Alguns softwares de planilhas conseguem calcular perfeitamente a média de notas através dos números inseridos;
– Assistência em qualquer horário, com bots de chat automatizados, prontos para responder às dúvidas de estudantes a qualquer momento;
– Correções automáticas de provas e textos, que entregam nota e feedback personalizado por aluno, proporcionando ganhos de escala nas atividades, ganho de produtividade, acesso a relatórios de desempenho individual e coletivo e liberando o professor para focar em atividades mais importantes que a correção de provas e atividades.
Também existem projetos e ideias que se encontram em desenvolvimento e discussão, como robôs tutores e formatos de implementação de realidade aumentada nas salas de aula. São tecnologias que precisam de aprimoramento e tempo para testagem, além de avaliações éticas e aplicabilidades.
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