Por Sabrina Casali de A. de Souza:
O processo de ensinar e aprender passa por diversas ações: construir, desconstruir, adquirir, mudar, interagir, e também, avaliar. A avaliação consiste em verificar se estas ações estão atingindo os objetivos planejados para ajudar o estudante a avançar no seu desenvolvimento. Do mesmo modo acontece com a avaliação de textos. E, é neste momento, que o professor precisa refletir, definir critérios, planejar intervenções, rever metodologias, articular e organizar os passos de revisão e reescrita com os estudantes produtores de textos.
Em geral, encontramos um certo tipo de resistência em escrever textos e, consequentemente, em avaliar textos. Muitos estudantes conseguem organizar as ideias no pensamento, de forma abstrata, mas revelam dificuldades de colocar os conceitos, de forma concreta, em forma de estrutura textual. Nesta situação, o papel do professor é fundamental: ele poderá buscar estratégias atrativas como os recursos midiáticos.
Os recursos midiáticos são instrumentos que servem para aumentar a eficiência da aprendizagem, motivando os alunos em relação às novas tecnologias. Assim, conseguimos fazer com que os alunos tenham incentivo para expressar-se de forma escrita, tendo adequação discursiva, adequação linguística e respeitando as convenções da língua e da norma padrão.
Os suportes da Educação Midiática podem ser observados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e são parte da integralidade do desenvolvimento dos estudantes na era digital. Para que esses alunos possam se tornar competentes nessa área do conhecimento, da mesma forma que assimilam conceitos de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, o professor precisa se apropriar do processo de Educação Midiática e percorrê-lo com os estudantes.
Mesmo que esta área só tenha ganhado destaque nos últimos anos, não conseguimos mais deixá-la de lado. Precisamos, como bons profissionais da educação, compreender que este conhecimento interliga todas as áreas, níveis e disciplinas, auxiliando a formação de cidadãos ativos, que entendem os diversos contextos, os tipos de linguagem, suas fontes, pensando no propósito da mensagem textual, quais públicos podem acessá-la, qual o conteúdo, quais informações são relevantes, e muito mais.
Então, podemos ser mais efetivos na avaliação de produções textuais quando utilizamos os vários recursos midiáticos que a tecnologia nos oferece. Trabalhando deste modo, o processo de avaliação de textos começa a ser mais fácil, mais funcional, já que conseguimos considerar todas as etapas de uso da comunicação: o ler, o escrever, o interpretar, o interagir, o participar, o compartilhar, o reescrever.